O livro de mesa (table book) é o autêntico livro que “insinua-se ao leitor”, valendo-se das palavras de Adorno, um dos maiores expoentes da Escola de Frankfurt, a propósito das alterações pelas quais o mercado editorial passava na década de 1960, contaminado por práticas comerciais e publicitárias de uma ascendente indústria cultural.
A denominação coffee table book, tida no Brasil em alguns meios como afetada mas corriqueira no mundo, é utilizada de maneira informal e genérica para se referir a títulos identificados sobretudo pelo que ostentam em termos de apresentação e pelo “uso” que se faz deles: por se tratar de obras chamativas, ficam à mostra, e não acomodadas em estantes, como ocorre com livros convencionais.
Considerando que o “‘conteúdo’ de qualquer meio ou veículo é sempre um outro meio ou veículo”, segundo McLuhan, o livro de mesa atua feito um popstar nos palcos em que o recepcionam, de editoriais de moda, estilo e decoração a livrarias, de empresas a residências, em evidência em cômodos sociais e halls, como recurso para ser percebido, contemplado, folheado e/ou consultado.
Imagem: “JLR, a marca da essência”, table book criado pela CBNEWS para a JLR (Jaguar-Land Rover)
Fonte: blog da CBNEWS (CBNEWS.com.br)
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